E agora?
Não sei o que fazer à minha vida! Depois de ter levado um chuto do meu ex namorado e ter passado os últimos meses a chorar baba e ranho porque estava sozinha e ia ficar sozinha e ninguém me quer, vejo-me metida num triângulo amoroso! Eu, que não tenho jeito nenhum para isto!
O macho alfa é mais velho, simpático, culto, muito carinhoso, estável e seguro, e consigo imaginar uma relação com ele. É até bonito. E os anos fizeram-lhe bem, definitivamente. E aposto que o homem é um deus no campo sexual... Beija maravilhosamente... Sabe fazer a coisa certa no momento certo... Tem ainda a particularidade de estra completamente apaixonado por mim.
O macho beta, é menos seguro, mais inconstante, e acho que não sou bem o tipo de rapariga que lhe interessaria... Duvido até que uma relação com ele tivesse pernas para andar. Parece-me muita areia para a minha trotinete! É verdade que não beija como o alfa. E com certeza não terá o mesmo toque de ouro na intimidade, fruto da sua relativa inexperiência... Mas é tão giro!!! Também não consigo perceber o tipo de relacionamento que quer comigo. A verdade é que meia volta me mostra ter vontade de começar algo, mas não está pelo beicinho como o outro... E como tal, é escorregadio, o safado. Dá uma no prego e outra na ferradura...
Nem sei porque ainda me debato com isto. Obviamente que o alfa tem muito mais pontos a favor. Então, porque é que não consigo dizer que não ao beta?
A fome incomoda. Mas a fartura dá digestões dificeís!
5 de setembro de 2012
7 de junho de 2010
A ERRADICAR!!!!!!
Se há coisa que eu abomino, se há coisa que me mexe com as entranhas ao ponto de querer fazer uso do meu delicado corpo para infligir dor, é a irresponsabilidade/incompetência!!! E a julgar pela quantidade de naurdos que conheço que aliam na perfeição estas 2 virtudes, eu diria ,sem hesitações, que somos um país onde proliferam estes espécimes!!! Tiram-me do sério, pá!
Odeio gente que não sabe o que são horários. O-D-E-I-O! Odeio gente que não tem problemas em encaralhar a vida dos outros, sem que isso lhes mexa com o nervoso! Odeio todos aqueles indivíduos que saem a horas, quiçá antes da hora até!, independentemente da forma como deixam as tarefas que lhe foram confiadas!!! "Ah sim, este tosco já tem este processo aqui há quilhões de anos, mas estive muito ocupada toda a tarde, a saber das novidades da vizinha, a falar com as amigas no msn, a actualizar o meu perfil no facebook, a ler a caras, e ui, tá na minha hora, vou-me embora! Estou exausta". O-D-E-I-O profundamente! Toda eu odeio! O meu cérebro odeia, os meus olhos odeiam, os meus ouvidos odeiam, o meu nariz odeia, todo o meu corpo odeia! A minha peladura odeia!!! Odeio vê-los, odeio ouvi-los, odeio cheirá-los, odeio que existam!
Esta gente faz-me espécie! Há coisas que têm prazos para cumprir! Há deadlines. Há oportunidades que se perdem se não se respeitam esses prazos.
Eu sou completamente incapaz de me vir embora sabendo que tenho coisas para fazer, coisas que condicionam a vida das outras pessoas, mesmo que tenha estado todo o dia a trabalhar que nem uma mula! Como é possível que existam criaturas capazes de descurar as suas tarefas ao ponto do ridículo, sabendo que há pessoas que são prejudicadas pela sua falta de profissionalismo??!!!
Esteve a coçar a micose no horário de trabalho e não não fez o que lhe competia? Pois então não deveria ir embora sem fazer aquilo para o que é pago! Ah, pois é, que a mim também me custa!
Eu sabia bem para onde os enviava!
Cambada...
Odeio gente que não sabe o que são horários. O-D-E-I-O! Odeio gente que não tem problemas em encaralhar a vida dos outros, sem que isso lhes mexa com o nervoso! Odeio todos aqueles indivíduos que saem a horas, quiçá antes da hora até!, independentemente da forma como deixam as tarefas que lhe foram confiadas!!! "Ah sim, este tosco já tem este processo aqui há quilhões de anos, mas estive muito ocupada toda a tarde, a saber das novidades da vizinha, a falar com as amigas no msn, a actualizar o meu perfil no facebook, a ler a caras, e ui, tá na minha hora, vou-me embora! Estou exausta". O-D-E-I-O profundamente! Toda eu odeio! O meu cérebro odeia, os meus olhos odeiam, os meus ouvidos odeiam, o meu nariz odeia, todo o meu corpo odeia! A minha peladura odeia!!! Odeio vê-los, odeio ouvi-los, odeio cheirá-los, odeio que existam!
Esta gente faz-me espécie! Há coisas que têm prazos para cumprir! Há deadlines. Há oportunidades que se perdem se não se respeitam esses prazos.
Eu sou completamente incapaz de me vir embora sabendo que tenho coisas para fazer, coisas que condicionam a vida das outras pessoas, mesmo que tenha estado todo o dia a trabalhar que nem uma mula! Como é possível que existam criaturas capazes de descurar as suas tarefas ao ponto do ridículo, sabendo que há pessoas que são prejudicadas pela sua falta de profissionalismo??!!!
Esteve a coçar a micose no horário de trabalho e não não fez o que lhe competia? Pois então não deveria ir embora sem fazer aquilo para o que é pago! Ah, pois é, que a mim também me custa!
Eu sabia bem para onde os enviava!
Cambada...
27 de abril de 2010
Mitos...
Dizem que médico é considerada uma das profissões mais sexys...
Pois eu cá não vejo como!!!! Na minha faculdade a sensualidade era coisa exclusiva do campo feminino... escasseavam rapazes minimamente bonitos! Mas se falarmos em homens realmente interessantes, no pacote completo, então a coisa ainda piorava... Penso que teriam existido numa época passada 1 ou 2...
Também já dei uma vista de olhos no hospital, e na minha faixa etária, continuo a só ver meninos banais, alguns até a dar para o feiotinho... Agora realmente, há alguns especialistas que chamam a atenção. Mas já nos seus 50!!! E nem é por serem bonitos. São é charmosos...
Cá para mim, na medicina, os homens melhoram com o tempo. E é a sorte deles, porque a grande maioria quando começa, ui, são um bocado bimbos...
A cheirar o trabalho duro...
Já foi feita distribuição pelo serviço de Medicina. Parece que a minha orientadora é uma mulher de armas. Apenas moderadamente simpática, mas muito competente e que sabe muito. Para mim, está óptimo. Não quero um orientador que me liberte de trabalho ou me mande embora cedo. Quero alguém que me ensine.
No próximo ano, estarei sozinha a ver doentes. Terei mais responsabilidade do que a que desejaria. Por isso, se é assim que tem que ser, então quero ser o melhor possível.
Não me importo de trabalhar como uma desalmada. Não me importo de só poder almoçar 2 bolhachas ás 4 da tarde, nem de não dormir mais que 4horas por noite. Não me importo de não ter fim de semana para descansar. Não me importo de ter urgência ao domingo. Não me importo de ter que estudar todos os dias depois de 8 horas de trabalho, até me deitar completamente exausta. Não me custa ficar em casa trancada no escritório dias a fio, mal vendo a luz do sol. Porque não há nada, rigorosamente nada que me faça sentir melhor comigo mesma do que saber que fiz o melhor pelo meu doente...
Irrita-me quando ouço as pessoas dizerem que os médicos não querem saber.
É óbvio que nesta, como em todas as outras profissões, há bons e maus profissionais. Mas acreditem em mim, a grande maioria de nós dá tudo o que tem e o que não tem...
Todos os dias vemos pequenos milagres no serviço... Pequenas grandes conquistas... E é tão bom saber que fazemos parte disso... é tão bom ver o nosso doente melhorar... :) A sério... Ainda que seja devagarinho. Ainda que seja muito, muito pouco...
Muitas vezes o nosso empenho não é suficiente. A morte faz parte da vida, afinal. No meu caso, ainda me custa muito, custa demasiado, até. Porque custar, vai custar até ao fim, mas ninguém conseguiria fazer isto se fosse sempre tão doloroso... Estou à espera que a experiência me vá tornando mais capaz de suportar estas perdas. Ainda as torno muito minhas...
Os doentes não compreendem muitas coisas. Nem têm que compreender, não é suposto. Mas nós temos a informação do nosso lado, e é com isso que temos que jogar. Muitas vezes temos que tomar decisões que os doentes não entendem, nem aceitam. Quando assumimos uma posição que vai de encontro ao que é melhor para o doente, e não é isso que o doente entende como o melhor para si, somos automaticamente rotulados de "maus médicos". Ora, é suposto que a nossa consciência limpa seja suficiente para nos confortar nestas alturas. Mas só quem está deste lado sabe como é difícil dizer um "não" a alguém que sofre. Sobretudo, porque os médicos também são doentes de vez em quando...
No próximo ano, estarei sozinha a ver doentes. Terei mais responsabilidade do que a que desejaria. Por isso, se é assim que tem que ser, então quero ser o melhor possível.
Não me importo de trabalhar como uma desalmada. Não me importo de só poder almoçar 2 bolhachas ás 4 da tarde, nem de não dormir mais que 4horas por noite. Não me importo de não ter fim de semana para descansar. Não me importo de ter urgência ao domingo. Não me importo de ter que estudar todos os dias depois de 8 horas de trabalho, até me deitar completamente exausta. Não me custa ficar em casa trancada no escritório dias a fio, mal vendo a luz do sol. Porque não há nada, rigorosamente nada que me faça sentir melhor comigo mesma do que saber que fiz o melhor pelo meu doente...
Irrita-me quando ouço as pessoas dizerem que os médicos não querem saber.
É óbvio que nesta, como em todas as outras profissões, há bons e maus profissionais. Mas acreditem em mim, a grande maioria de nós dá tudo o que tem e o que não tem...
Todos os dias vemos pequenos milagres no serviço... Pequenas grandes conquistas... E é tão bom saber que fazemos parte disso... é tão bom ver o nosso doente melhorar... :) A sério... Ainda que seja devagarinho. Ainda que seja muito, muito pouco...
Muitas vezes o nosso empenho não é suficiente. A morte faz parte da vida, afinal. No meu caso, ainda me custa muito, custa demasiado, até. Porque custar, vai custar até ao fim, mas ninguém conseguiria fazer isto se fosse sempre tão doloroso... Estou à espera que a experiência me vá tornando mais capaz de suportar estas perdas. Ainda as torno muito minhas...
Os doentes não compreendem muitas coisas. Nem têm que compreender, não é suposto. Mas nós temos a informação do nosso lado, e é com isso que temos que jogar. Muitas vezes temos que tomar decisões que os doentes não entendem, nem aceitam. Quando assumimos uma posição que vai de encontro ao que é melhor para o doente, e não é isso que o doente entende como o melhor para si, somos automaticamente rotulados de "maus médicos". Ora, é suposto que a nossa consciência limpa seja suficiente para nos confortar nestas alturas. Mas só quem está deste lado sabe como é difícil dizer um "não" a alguém que sofre. Sobretudo, porque os médicos também são doentes de vez em quando...
20 de abril de 2010
Escolhas...
Hoje vi algo que me deixou a reflectir sobre como a vida muitas vezes nos encarrega de fazer escolhas para as quais não estamos preparados. E como perante a obrigatoriedade de tomar uma decisão, nos podemos sentir mais preparados do que o que na realidade estamos.
Estou no bloco de Obstetrícia. Tenho-me sentido super entusiasmada e consigo ver-me como obstetra. Ajudar uma criança a nascer é uma sensação surreal... Somos o seu primeiro contacto com o mundo que a vai abraçar e quando arrancamos o primeiro choro áquele bebé, sentimo-nos mais vivos... Mas hoje estive na consulta de Diagnóstico Pré Natal, onde por entre amniocenteses de diagnóstico atendemos um casal. Ela de 33 anos, e ele de 34. Há anos que tentavam engravidar. Tinham inclusivamente recorrido a tratamentos de fertilidade, com estimulação ovárica e FIV. Não tinham conseguido antes... Até que deixaram de tentar. E foi aí que a natureza fez a sua magia... E a vida aconteceu. Há anos que queriam uma criança para amar, e a primerira ecografia mostrou que tinha acontecido e que não era tarde. E que no ventre daquela mãe se aconchegavam três crianças.
Três crianças.
Três bebés para abraçar.
Mas uma gravidez trigemelar não é isenta de risco... Acarreta risco de parto pré termo, numa idade muito precoce. A última grávida que tivemos e que prosseguiu a gravidez teve um parto ás 25 semanas. Nesta idade gestacional, 50% das crianças sobrevivem. E das que sobrevivem, 50% crescem sem malformações ou anomalias. Por isso é oferecida ao casal a possibilidade de redução fetal, geralmente abdicando de um dos embriões, o que permite um melhor desenvolvimento dos outros dois, com maior possibilidades de sobrevivência. E foi isso que o casal decidiu. E foi muito duro. Para eles e para nós. Porque momentos antes tínhamos um bebé a pular. E em segundos deixamos de ver o seu pequenino coração deixar de bater... E fica nos pais a sensação de que abandonaram um dos seus filhos. Alguém que em poucas semanas já amavam mais que a si mesmos. E dói muito quando sentimos que deixamos uma parte de nós...
Estou no bloco de Obstetrícia. Tenho-me sentido super entusiasmada e consigo ver-me como obstetra. Ajudar uma criança a nascer é uma sensação surreal... Somos o seu primeiro contacto com o mundo que a vai abraçar e quando arrancamos o primeiro choro áquele bebé, sentimo-nos mais vivos... Mas hoje estive na consulta de Diagnóstico Pré Natal, onde por entre amniocenteses de diagnóstico atendemos um casal. Ela de 33 anos, e ele de 34. Há anos que tentavam engravidar. Tinham inclusivamente recorrido a tratamentos de fertilidade, com estimulação ovárica e FIV. Não tinham conseguido antes... Até que deixaram de tentar. E foi aí que a natureza fez a sua magia... E a vida aconteceu. Há anos que queriam uma criança para amar, e a primerira ecografia mostrou que tinha acontecido e que não era tarde. E que no ventre daquela mãe se aconchegavam três crianças.
Três crianças.
Três bebés para abraçar.
Mas uma gravidez trigemelar não é isenta de risco... Acarreta risco de parto pré termo, numa idade muito precoce. A última grávida que tivemos e que prosseguiu a gravidez teve um parto ás 25 semanas. Nesta idade gestacional, 50% das crianças sobrevivem. E das que sobrevivem, 50% crescem sem malformações ou anomalias. Por isso é oferecida ao casal a possibilidade de redução fetal, geralmente abdicando de um dos embriões, o que permite um melhor desenvolvimento dos outros dois, com maior possibilidades de sobrevivência. E foi isso que o casal decidiu. E foi muito duro. Para eles e para nós. Porque momentos antes tínhamos um bebé a pular. E em segundos deixamos de ver o seu pequenino coração deixar de bater... E fica nos pais a sensação de que abandonaram um dos seus filhos. Alguém que em poucas semanas já amavam mais que a si mesmos. E dói muito quando sentimos que deixamos uma parte de nós...
28 de dezembro de 2009
First Wish...
1º objectivo para 2010: conseguir dizer o que penso mesmo que seja difícil.
Mesmo que seja duro de ouvir.
Mesmo que isso afaste as pessoas.
Ser boazinha já não dá! Quanto mais o faço, mais fico com a sensação que isso é usado contra mim...
Tenho MESMO que conseguir pôr cá fora aquilo que sinto...
Mesmo que seja duro de ouvir.
Mesmo que isso afaste as pessoas.
Ser boazinha já não dá! Quanto mais o faço, mais fico com a sensação que isso é usado contra mim...
Tenho MESMO que conseguir pôr cá fora aquilo que sinto...
Subscrever:
Mensagens (Atom)